Mais uma vez os caminhos se cruzam numa atividade de movimento, aquela em que o corpo se movimenta ao som de um determinado tipo de música. E não deixa de ser curioso como três pares de gémeos se uniram por um gosto comum – a arte de dançar, de produzir movimento.
Este ano, para ainda mais encantar, juntam se um menino e uma menina de cinco anos, que, como denominador comum aos outros dois pares, carregam consigo uma imensa alegria e energia.
De brilho nos olhos, com enorme orgulho, seus pais e familiares os acompanham para os diferentes saraus para os quais, todo este grupo vai sendo convidado.
Todos eles nos encantam com a sua garra e determinação, de pisar o palco sem medo. Pelo respeito por si e pelo respeito pelos outros, e essencialmente por todo o amor que conseguem gerar em torno de todo este grupo.
E foi precisamente assim que conheci a Sónia, a mãe de um par de gémeos, uma menina e um menino, que a vieram a este mundo a desafiar para uma aventura – a aventura de ser mãe de gémeos.
Para além de muitas outras partilhas a Sónia partilhou a primeira vez que saiu sozinha com os seus filhos.
Foi mais um desafio desta brilhante caminhada, em que todos os dias são diferentes e carregados de alegria, mas não deixam de ser desgastantes quer mental quer fisicamente.
Então num belo dia de primavera o desafio era uma saída a três, a mãe, o menino e a menina.
Depois de já os ter preparado para a saída colocou os nos ovos, desceram o elevador e foram para o carro.
Ansiosa e a medo lá foi, como se fosse a primeira vez que estivesse a conduzir. Findo estacionou, abriu a porta do carro, saiu e respirou fundo, e de tanto brilho nos olhos uma lágrima de coragem escorreu.
Apressadamente encheu se de coragem, abriu a mala do carro, montou o carro dos gémeos, colocou os ovos e suspirou. Até aqui já consegui.
Mal sabia que os passeios eram estreitos demais para o camião que conduzia. Mas ainda assim não se deixou vencer e entre a rua e o passeio continuou.
E nada mais reconfortante do que terminar rodeada de mães que na sua partilha de experiências mais uma vez, lhe permitiu respirar fundo e perceber que mais um obstáculo tinha sido ultrapassado e que agora esta tarefa era apenas mais uma rotina conseguida.
E porque dançar faz parte, todos nós vamos dançando ao som da vida- em rumo a uma vida feliz.